Por que Jesus pode nos servir de ponte de acesso a Deus?
Nunca existiu alguém como Jesus. Primeiro, porque ele não foi concebido em meios normais, mas sim, de maneira sobrenatural, no ventre de uma virgem. Devido a isso, Jesus, sendo inteiramente Deus, tornou-se também inteiramente humano. Embora sendo Deus, Jesus escolheu abrir mão dos privilégios de sua divindade para viver na Terra como um ser humano, um homem comum. A Bíblia relata o sacrifício que Cristo assumiu ao tornar-se homem, dizendo que Ele “(...)aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz” (Filipenses 2:7-8)
É fundamental observarmos que Jesus não deixou de ser Deus ao vir à terra. Deixou de lado, apenas, seus privilégios divinos e viveu no mundo como homem. Assim, tornou-se capaz de experimentar pessoalmente todas as sensações humanas, desde felicidade até profunda tristeza. Ele sentiu o que era estar cansado, como era sentir frio e fome. Além disse, ele veio ao mundo com um objetivo bem definido: cobrir aquele abismo entre nós e Deus.
Quando israelitas do Antigo Testamento pecavam, contavam com a ida do supremo sacerdote ao templo para oferecer o sacrifício de um animal como expiação pelos seus pecados. Em sentido simbólico, era como se os pecados da pessoa fossem colocados sobre o animal, que ocupada assim o lugar do culpado. A Bíblia ensina: “sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22). As cerimônias de sacrifício prenunciavam o que Jesus realizaria quando viesse ao mundo. Ele tomou sobre si o pecado do mundo, ao ser crucificado, anos depois. Muitas profecias no Antigo Testamento indiciaram não somente seu nascimento e vida, mas também a sua morte, inclusive a maneira como Jesus morreria.
Jesus sabia, desde o começo, que tinha vindo ao mundo especificamente para morrer pelos pecados da humanidade. Sabia também que o seu sacrifício seria executado numa cruz romana. Iniciou sua jornada rumo à cruz do Calvário num lugar chamado Cesaréia de Filipe, tendo falado muito com seus 12 discípulos sobre a sua morte imimente. Narra a Bíblia: “Desde então começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.” (Mateus 16:21)
Foi então preso por falsas acusações, após Judas Iscariotes, um dos seus próprios discípulos, havê-lo traído. Mas isso não aconteceu por acaso. Para que a humanidade pudesse entrar em contato com Deus, e ser removida a barreira que dele a separava, teria que ser tomada uma medida drástica. Com uma das mãos, Jesus agarrou-se ao Deus Santíssimo e com a outra segurou a raça humana pecadora. Aos serem cravados enormes pregos em suas mãos, tornou-se a prórpia ponte sobre o abismo, por nós.
Não esqueçamos, porém, que, três dias após a sua crucificação, Jesus ergue-se da morte! Se é verdade que não se poder considerar “morto” um grande homem de Deus, então mais verdade ainda é que não se poderia manter no túmulo o próprio Deus-homem.
Colocamos Jesus na cruz
A necessidade da morte de Jesus na cruz demonstra quão extrema era a nossa situação de pessoas decaídas. Costuma-se dizer que a profundidade de um poço é conhecida pela extensão de até onde se baixa a corda. Quando consideramos “até onde a corda foi baixada”, desde o céu, compreendemos quão grave era realmente a nossa condição.
Por isso mesmo, não culpe as pessoas daquele tempo de terem colocado Jesus na cruz. Somos justamente tão culpados quanto elas. Na verdade, não foram os soldados romanos que o colocaram na cruz, tampouco os dirigentes judeus. Foram os nossos pecados que tornaram necessário que Jesus voluntariamente se submetesse àquela morte de tortura e humilhação.
A maior demonstração de amor
“Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”(Romanos 5:6-8)
Jesus não morreu por nós apesar de sermos seus amigos, mas, sim, apesar de sermos seus inimigos e hostilizá-lo com os nossos pecados. Mesma a despeito de todos os nossos pecados, Ele demonstrou seu amor por nós morrendo na cruz. Nos versículos de Romanos acima citados, o Apóstolo Paulo explica que Jesus morreu não somente pela humanidade como um tudo, mas morreu em favor de cada um de nós como indivíduos. Em outra passagem, Paulo escreve: “(...) o qual [Filho de Deus] me amou e se entregou a si mesmo por mim.” (Gálatas 2:20).
Sempre que se veja tentado a duvidar do amor de Deus por você, lance um longo olhar de contemplação à cruz em que Jesus morreu. Entenda, então, de uma vez por todas, que o que o prendeu àquela cruz não foram os pregos, mas, sim, seu amor por nós.
Quando desamparados é que podemos ganhar o perdão
“E também conduziram outros dois, que eram malfeitores, para com ele serem mortos.
E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.
E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.
E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus.
E também os soldados o escarneciam, chegando-se a ele, e apresentando-lhe vinagre.
E dizendo: Se tu és o Rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo.
E também por cima dele, estava um título, escrito em letras gregas, romanas, e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS.
E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.
Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?
E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.
E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.
E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.
E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol;
E rasgou-se ao meio o véu do templo.
E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.
E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo.
E toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos.
E todos os seus conhecidos, e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galiléia, estavam de longe vendo estas coisas.” (Lucas 23:32-49).
Muitos de nós, em algum momento de nossas vidas, tomamos conhecimento deste fato. E, no entanto, o significado por trás dessa cena pungente é quase sempre esquecido ou mal entendido. Nao se trata si mplesmente de um “bom mestre” sendo crucificado em favor do que nele crêem. É Deus em forma humana que foi pendurado naquela cruz, servindo de ponte sobre o abismo entre os pecadores e um Deus santo.
Narra o Evangelho de Mateus que Jesus, pregado na cruz, bradou: “Deus meu, Deus me, por que me desamparaste?” (Mateus 27.46). Estudiosos da Bíblia acreditam que estas palavras marcam o momento exato em que Deus colocou os pecados do mundo sobre seu Filho. Diz a Bíblia, referindo-se a Deus: Tu és tão puro de olhos, e a vexacao nao podes contemplar (...)” (Habacuque 1.13) este, o motivo pelo qual o santo Pai “desviou o olhar” e derramou sua ira sobre o seu próprio Filho. Jesus recebeu na cruz o salário que nos era devido. Ele nao foi ouvido naquilo em que nós poderíamos ter sido. Os ouvidos de Deus foram fechados pra Jesus por um período de tempo em que jamais poderiam estar fechados a nós.
Cristo, o único mediador
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.
O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.” (1 Timóteo 2:5,6)
Por que existe somente um mediador qualificado a preencer o vao entre Deus e os homens? Não têm surgido outros líderes religiosos proclamando-se a si mesmo como sendo o caminho para Deus? Nao morreram alguns deles também em consequência de sua mensagem?
Muito embora a resposta a estas perguntas possa ser afirmativa, a grande verdade é que nenhum desses líderes era o Filho de Deus feito homem. Eis porque Jesus era excepcionalmente qualificado para enfrentar o pecado. Disse Ele “Eu sou a caminho, a verdade, e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Joao 14.6) Atos 4:12 diz “E em nenhum outro há salvacao, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dando entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” E, o que é mais importante ainda, Jesus ressurgiu da morte!!!!
Sim, é preciso crer que Jesus morreu pelos seus pecados na cruz para que voce receba a vida eterna. Existe, no entanto, algo mais que você precisa fazer.
Espere o próximo post e descubra!!